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Quanto mais o tempo passa, mais eu acredito que acreditar não tem sentido. Eu quero, procuro entender o que acontece, mas, tudo parece um nevoeiro e eu não tenho lanterna. Parece que neste vale onde estou, só tem lama, areia movediça, esperando eu dar o primeiro passo em falso para cair numa armadilha. Tentei... tentei mas é assim que tudo acontece, igual novela mexicana, com graça no começo e no final tem aquela piada de fim de balada. Mas eu não tenho medo, pelo contrário, o medo que eu não tenho me ajuda a percorrer esta estrada de tijolos amarelos. Um caminho tão diferente, mas que guarda grandes mistérios e um baú de tesouros grandes, grandes não, enormes, gigantesco, algo que só os sábios entendem, coisas que provocam a felicidade suprema, mas que só duram alguns instantes. Um pedaço de chocolate. Delícia. Sabe como é, ser feliz não é ter tudo sem precisar de nada, mas, é ter pouco precisando de tudo. Que estranho, mas é a realidade deste mundo virtual em que nós vivemos ou será real, não sei, mas também... eu quero saber sim. O mundo em que eu vivo, é o mundo que todos vivem pulando de um lado para outro sem saber aonde ir, mas, sempre na direção certa. Dentro de uma lata de sardinha podemos ir para caminhos infinitos, com belas paisagens, muitas pessoas conversando, mas elas nem se conhecem e mesmo assim todos vão para o mesmo espaço cideral. Onde todos voam sem ter asas, falam coisas estranhas ou é eu que não entendo. Eu sou assim, meio louco, meio escritor, um pouco esperto, um pouco burro, não sei. Mas, uma coisa eu garanto, sou tão inteligente e esperto que faço todo mundo pensar que sou burro. Esse é meu segredo que o fotográfo ainda não revelou. Por um instante lembrei do meu passado de amanhã, coisas estão mudando ao meu lado direito e as do lado esquerdo estacionaram e não perturbam mais. Como é bom pensar que é no erro que a gente erra e no acerto que a gente ganha um prêmio sem valor, mas mesmo assim, ficamos alegres. Eita que tempo bom, tantos prêmio que ganhei, mas o que eu gastei daria para preparar meu chocolate. Mas não me arrependo, porque se o Sol brilha todos dias depois da noite e depois da chuva vem o arco-íris eu sei que ainda vou ganhar minha fábrica de chocolate.